sexta-feira, 11 de junho de 2010

Introdução a farmacologia

HISTÓRICO E OBJETIVOS

A palavra farmacologia etimologicamente se origina da palavra Pharmakon, do grego que quer dizer droga, fármaco ou medicamento, mais logos, que significa estudo. De uma maneira genérica e bastante simplificada, poderíamos conceituar farmacologia de diversas formas, como se segue:

a) estudo da interação dos compostos químicos com os organismos vivos.

b) Ciência experimental que lida com as propriedades das drogas e seus efeitos nos sistemas vivos.

c) Ciência que estuda as alterações provocadas no organismo pelas drogas ou medicamentos.

A farmacologia foi reconhecida como ciência na segunda metade do século XIX, quando os princípios científicos passaram a ser considerados no estabelecimento das práticas terapêuticas. No entanto, desde as civilizações mais antigas, remédios baseados em ervas ou outros produtos naturais de origem vegetal, animal ou mineral eram amplamente utilizados para combater as diversas enfermidades que acometiam o homem e os animais domésticos que com ele conviviam. Até o século XIX, a terapêutica era pouco influenciada pela ciência. A partir desta fase, alguns cientistas importantes contribuíram para que esta influência fosse aumentada. Dentre eles, podemos citar o patologista alemão Rudolf Virchow que, naquela época, comentou o fato da seguinte forma: “ A terapêutica é um estágio empírico apreciado por clínicos e médicos práticos, e é através da combinação com a fisiologia que precisa ascender para ser uma ciência, o que ela não é nos dias de hoje”.

A falta de conhecimentos acerca do funcionamento do organismo e o sentimento de que doença e morte eram assuntos semi-sagrados dificultavam o entendimento dos efeitos das drogas e facilitava o emprego de doutrinas autoritárias e nada científicas.

O desenvolvimento de fármacos constitui o mais extraordinário sucesso da era industrial, superando, sem dúvida, as demais descobertas que revolucionaram o bem-estar cotidiano do ser humano por não se limitar à medida insensível de custo e benefício quando mitiga a dor e o sofrimento, melhora a qualidade ou prolonga a vida – atributos imensuráveis materialmente.

Caçadores e colhedores no mundo primitivo e selvagem, vivemos, no início do século 21, do consumo de alimentos industrializados e impregnados por agentes químicos estranhos à nossa evolução, transformamo-nos inclusive, em animais estritamente dependentes de fármacos. Nossos genes, que através de milhões de anos nos adaptaram á bioquímica da própria natureza ambiente, à resistência e à devastação das pragas, submetem-se agora ao bombardeio de poluentes químicos que incluem a fartura crescente de fármacos. Não surpreende assim que, entre muitos exemplos, se testemunhe a transformação em poucas décadas do milagre recente dos antibióticos na frustração da resistência a eles.

A indústria farmacêutica tem evoluído e se modernizado muito ao longo do século XX e início do século XXI e, graças aos avanços da química e dos métodos biotecnológicos, uma infinidade de produtos se encontram disponíveis para o uso na prática clínica. Os produtos químicos sintéticos começaram a ser introduzidos na década de 20. Os primeiros fármacos efetivamente desenvolvidos em laboratório foram as sulfas, descobertas por Domagk a partir do corante prontosil. Depois vieram os antibióticos, que tornaram possível a cura de uma série de enfermidades infecciosas, antes tidas como verdadeiros flagelos da humanidade. O desenvolvimento de fármacos anti-hipertensivos representou uma vitória na luta pela longevidade, o que reduziu significativamente a mortalidade pelas doenças vasculares.

Entretanto as indústrias raramente convertem em fármacos úteis uma imensa variedade de compostos gerados. Disto resulta a óbvia necessidade econômica da divulgação imediata, com grande impacto, da demonstração da eficiência de seus benefícios; os efeitos colaterais e, principalmente, as interações entre as drogas demandam muito mais tempo de experiência no ser humano, geralmente não sendo captados a curto prazo na experimentação animal em laboratório.

Contudo deve-se dizer que a compreensão de como as drogas ou outros compostos agem nos componentes do corpo em nível molecular deve aprimorar-se acentuadamente nos anos vindouros.

O estudo da farmacologia reveste-se de grande importância para os profissionais que militam no campo das ciências biomédicas, no qual as drogas se constituem em ferramentas importantes, seja na prática clínica ou na experimentação biológica ou biotecnológica.

Um comentário:

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